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IFPB realiza ações para marcar Dia Nacional da Economia Solidária
O Instituto Federal da Paraíba (IFPB) realizou este mês atividades diversas para marcar o Dia Nacional da Economia Solidária, que é celebrado em 15 de dezembro – a data foi instituída por meio da lei federal nº 13.928/2019. Foram promovidas atividades nos campi de Campina Grande e Guarabira.
“Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente”, afirma Andreza Ferreira Lima Paiva, responsável pela gestão da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários do IFPB (Incutes).
Criada em 2007, a Incutes é fruto de uma chamada para apresentação de propostas do Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares (Proninc) e teve seu projeto de criação regulamentada pela resolução nº 12/2013-CS/IFPB. “As ações realizadas no IFPB para marcar o Dia Nacional da Economia Solidária foram promovidas pelos núcleos de extensão ligados à Incutes e integram o calendário de atividades de extensão e cultura do Instituto”, lembra Andreza Paiva.
No Campus Campina Grande, começou ontem a Feira de Economia Solidária, que termina nesta sexta-feira, 16. Sob a coordenação do Núcleo de Tecnologia Social e Economia Solidária, o evento tem apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e da direção do Campus Campina Grande, além de contar com a parceria do Laboratório de Arte, Cultura e Juventude do campus (Laborart). Em sua sétima edição, a feira leva ao público comercialização de produtos artesanais e da agricultura familiar, apresentações artísticas, exibição de filmes e adoção de cães e gatos, entre outras atividades.
Confira aqui mais informações sobre a Feira de Economia Solidária
Já no dia 7 de dezembro, no município de Guarabira, foi realizado o “VI Integrasol – Fortalecendo Vínculos Solidários”, numa iniciativa do Nucaes (Núcleo Catalisador de Empreendimentos Solidários), que é vinculado ao IFPB Campus Guarabira. O VI Integrasol ocorreu no Salão Paroquial da Catedral Nossa Senhora da Luz, pela manhã e à tarde, envolvendo integrantes do IFPB e a comunidade.
Incutes e núcleos de extensão fomentam o desenvolvimento da autonomia
Atualmente, vários núcleos de extensão vinculados à incubadora atuam nos campi. O trabalho se dá por meio de projetos e programas de extensão desenvolvidos a partir de editais publicados pela Proexc (Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc). “Nosso público-alvo é constituído pelos empreendimentos solidários, vários deles vinculados a quilombos, comunidades pesqueiras e assentamentos”, explica Andreza Paiva.
Os parceiros sociais da Incutes e núcleos vinculados à incubadora são instituições da sociedade civil organizada que atuam com o mesmo público e os mesmos valores. Dentre eles, estão o Sedup (Serviço de Educação Popular), a Cáritas e a CPT (Comissão Pastoral da Terra). Em relação ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a Incutes encontra tanto o público quanto a parceria.
“Trabalhamos com a formação para a autonomia, aplicando técnicas de gestão adaptadas à economia solidária, ou seja, fomentamos a prática da autogestão, desenvolvendo hábitos de responsabilidade compartilhada em que os sujeitos pratiquem o dever do exercício responsável do direito à voz e a voto na tomada coletiva de decisões”, esclarece Andreza Paiva.
A gestora da Incutes lembra que a cooperativa do IFPB e os núcleos de extensão praticam os dez valores da economia solidária, notadamente: cooperação, solidariedade, democracia, autogestão, trabalho coletivo, corresponsabilidade, justiça social, respeito ao meio ambiente e a diversidade e aprendizagem contínua.
“Os núcleos locais de economia solidária no IFPB vêm fortalecendo estratégias de trabalho em rede, colaborando no diálogo entre grupos de produtores, facilitando a elaboração de estratégias de produção, formação e comercialização”, ressalta Andreza Paiva. Ela destaca que os núcleos locais também potencializam a integração, para tornar viável as ações de comércio justo. “São exemplos dessas ações as oficinas de formação, a organização de espaços permanentes de comercialização e o intercâmbio entre grupos produtores, docentes e alunos num permanente diálogo de aperfeiçoamento de práticas autogestionárias”, complementa.
*Angélica Lúcio- Jornalista do IFPB