Estudar uma disciplina com tantos conceitos técnicos é um desafio para a comunidade surda, uma vez que muitos termos não possuem sinais específicos na Língua Brasileira de Sinais (Libras), sobretudo no tocante a conceitos da Química Verde e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

Preocupados com essa problemática, pesquisadores do IFPB buscaram uma forma de facilitar a compreensão da Química pelos surdos e o resultado foi a criação de novos sinais-termo. O resultado desse trabalho foi publicado na revista científica “Cuadernos de Educación y Desarrollo”.

Sinais-termo são ferramentas usadas na Libras para expressar conceitos que desempenham um papel crucial na comunicação e compreensão de conceitos científicos. “Especialmente no contexto do ensino de Química para estudantes surdos esses sinais são um grande avanço para a inclusão da comunidade surda”, afirmou o professor do IFPB Campus Sousa, Carlos Alberto da Silva Júnior. 

A criação do Sinal “Química-Verde” foi do estudante José Lucas da Costa Campos Licenciando em Química, que é o primeiro surdo graduando em química pelo IFPB.  O trabalho de José Lucas integrou o projeto intitulado “Desenvolvimento de Novos Sinais em Libras, a partir da Temática Química Verde e Sustentável, Fundamentado na Metáfora da Bipirâmide Triangular, para uma Turma Inclusiva”. Esse projeto foi aprovado na Chamada 07/2023 - Interconecta, fomentado pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação e foi coordenado pela professora Alessandra Marcone Tavares Alves de Figueiredo, docente do IFPB Campus João Pessoa. 

Com essa ação, o IFPB é um dos pioneiros em pesquisas sobre Química Verde com a Comunidade Surda.