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Estudante do IFPB vê intercâmbio internacional como investimento público para melhorar a sociedade brasileira

Samuel Merson: “A experiência de sair da sua caixinha e visualizar o mundo fora do Brasil é impagável. É algo que amplia os horizontes”.
publicado: 28/11/2024 07h47 última modificação: 02/12/2024 10h34
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Com colegas exaltando o Brasil e a Paraíba

Samuel Merson Neves, estudante de Tecnologia em Sistemas para Internet, do Campus João Pessoa, IFPB, está vivenciando uma experiência de grande importância para o seu futuro profissional, e como cidadão brasileiro, com uma visão efetiva dos processos de globalização cultural.

Samuel está em situação de intercâmbio na Universidade de Mondragón, no País Basco, Espanha, por meio do programa Paraíba Sem Fronteiras. O referido estudante fez reflexões importantes sobre sua experiência acadêmica e cultural, para outros jovens que pretendem trilhar o mesmo caminho do intercâmbio científico e cultural em outros países.

Como muitos estudantes brasileiros de nível superior, Samuel já se comunica fluentemente em Inglês, mas pretende ampliar suas competências linguísticas aprendendo outro idioma, sendo este um dos motivos que o fez escolher ir para a Espanha. Além disso, a necessidade de ampliar os conhecimentos na área de inteligência artificial e programa para web, características curriculares da referida universidade, também serviram de estímulo à sua opção.

Conforme Samuel, a Universidade de Mondragón tem o objetivo de formar os recursos humanos para o setor produtivo da região na qual está inserida, sendo uma instituição mais voltadas às engenharias. Ele está matriculado no curso de Engenharia da Computação, uma disciplina importante para melhorar o seu currículo.

Samuel afirma ter um excelente relacionamento com os professores e com os colegas da Universidade, sendo que o seu maior objetivo é dar uma característica internacional à sua carreira a partir desta experiência na Europa.

Futuramente, quando concluir o curso do IFPB, ele pretende investir em um mestrado em outro país, talvez na América do Norte, para ter condição de seguir uma carreira acadêmica no Brasil. Samuel acredita que o intercâmbio contribuirá para a ampliação de sua carreira acadêmica e profissional, além de abrir portas para redes de contatos globais.

Contrastes educacionais entre Brasil e Espanha

Monumento espanholSamuel elogiou a infraestrutura universitária espanhola, destacando a ênfase em projetos práticos e integrados por meio da metodologia Problem Based Learning (PBL), que conecta as disciplinas às demandas reais do mercado.

Neste caso, as aulas só duram três meses, ou três meses e meio dos seis meses do semestre letivo, e os últimos dois meses são para fazer um projeto embasado para o mercado, focado em oferecer uma solução prática, envolvendo todas as cadeiras em um projeto único. “Evidentemente que esse tipo de avaliação é muito mais proveitoso do que o tipo de avaliação que hoje se faz, em algumas instituições do Brasil, com cada um com a sua provinha, com o seu projeto de disciplina”, afirma Samuel

Um dos aspectos que mais entusiasma o referido estudante, na Europa, é poder desfrutar de uma qualidade de vida com muita segurança, o que já não é possível se ter no Brasil. “A sensação de poder andar na rua sem medo é algo que marca muito para quem vem de um lugar onde isso não é a norma”, enfatiza o estudante brasileiro

Por outro lado, ele aponta as dificuldades enfrentadas por um estudante brasileiro na Europa, a exemplo do custo vida bem mais carro que no seu país de origem, devido à desvalorização da moeda brasileira; as barreiras linguísticas também são preocupantes, dentro e fora da universidade, sem falar nas diferenças gastronômicas que são bem acentuadas entre Espanha e Brasil, principalmente, para a região nordeste.

Mas apesar das dificuldades, ele enfatiza que vale a pena se esforçar para participar do intercâmbio para ampliar os horizontes do conhecimento. Samuel, inclusive, já imagina uma maneira de retribuir o investimento que o Governo da Paraíba está fazendo ao financiar o seu intercâmbio na Europa, através do programa Paraíba sem Fronteiras.

O estudante está desenvolvendo uma aplicação que simplifica o processo de inscrição em editais internacionais, organizando automaticamente a documentação necessária, e que será disponibilizado para as instituições que promovem essas ações a favor da educação. “A experiência de sair da sua caixinha e visualizar o mundo fora do Brasil é impagável. É algo que amplia os horizontes”, afirmou, reforçando a importância de programas de internacionalização para formar profissionais mais preparados e cidadãos com visão global.

Indagado sobre a opção de permanecer no Brasil, ou emigrar, depois de formado, levou o estudante a se referir às oportunidades do mercado de trabalho brasileiro. Segundo ele, a remuneração para a sua atividade profissional fora do Brasil é infinitamente mais vantajosa do que no seu país, sendo está realidade que está forçando tantos jovens deixarem o seu país de origem em busca de melhores condições de vida em outras terras.

Samuel finalizou tecendo elogios aos programas de internacionalização da educação, nas suas diversas modalidades, que produzem benefícios não apenas individuais, mas coletivos. Ele acredita que a Paraíba, ao investir em programas como o Paraíba sem Fronteiras, ganha prestígio e capacita jovens a contribuir para o desenvolvimento do Estado. Nesse sentido, ele destaca a importância do trabalho desenvolvido pela Arinter, do IFPB.

A experiência de Samuel Merson, como estudante de intercâmbio internacional, ilustra o potencial transformador de programas de intercâmbio, tanto para melhorar a qualidade de vida dos participantes, quanto para projetar o Brasil em um cenário de competitividade internacional

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