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Dia 11 de fevereiro: momento para celebrar as mulheres e as meninas na ciência
No dia 11 de fevereiro, é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e das Meninas na Ciência. A data foi criada em 2015 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com a proposta de reconhecer o papel fundamental exercido pelas mulheres e pelas meninas na ciência e na tecnologia.
Para a Unesco, este dia é uma oportunidade para promover, de forma plena e igualitária, o acesso à ciência e a participação de mulheres e meninas nessa área. Tal entendimento também é compartilhado pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB), como afirma a professora Silvana Costa, titular da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (PRPIPG).
“Torna-se cada vez mais importante a participação de meninas e mulheres nas ciências. Com a sensibilidade, aliada à inteligência e à capacidade de resolver problemas, o toque feminino é fundamental para o desenvolvimento da nossa sociedade, que precisa se desvencilhar do machismo estrutural e reconhecer o valor da mulher na ciência e seu poder transformador”, argumenta Silvana.
Ela ressaltou que o IFPB tem participado de editais que promovem a participação feminina nas ciências, a exemplo de editais de fomento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), além de também buscar promover ações de valorização da participação feminina nos editais internos.
“Temos muitas professoras, servidoras e estudantes que se destacam em projetos relevantes. Que possamos caminhar cada vez mais para um futuro com mais participação feminina nas ciências. Parabéns a todas as meninas e mulheres cientistas do nosso Instituto, que vêm mostrando sua força, seu potencial! Continuem! Podemos mais!”, complementou a pró-reitora Silvana Costa.
MULHERES NAS ÁREAS STEM - Conforme dados da Unesco, ainda hoje não foi alcançada a igualdade de gênero nas áreas de STEM — sigla em inglês que identifica as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Ou seja, embora tais áreas sejam fundamentais para o desenvolvimento dos países, ainda falta muito para que mulheres e meninas tenham mais espaço na ciência e na tecnologia. Prova disso é que a porcentagem média de pesquisadoras em todo o mundo é de 33,3%, e apenas 35% de todos os estudantes das áreas de STEM são mulheres. Mais: ainda de acordo com a Unesco, estatísticas mostram que meninas e meninos têm desempenho aproximado em ciências e matemática. No entanto, "ainda há estereótipos de gênero: muitas não são encorajadas nas áreas de STEM e há poucas escolhas para sua formação e seu desenvolvimento profissional".
Relembre algumas histórias de destaque
Dentre os destaques recentes envolvendo as meninas cientistas do IFPB, está Maria Cecília Vilaça, estudante do bacharelado em Engenharia Elétrica do Campus João Pessoa. Ela se destacou em 2023 ao integrar a equipe do IFPB que conquistou o segundo lugar mundial na Huawei ICT Competition - categoria Cloud (Nuvem), realizado na China.
Um ano antes, a estudante Luana Barros, na época cursando o Mestrado em Engenharia Elétrica do Campus João Pessoa, também participou da etapa global da Huawei ICT Competition. Ela fez parte do time do IFPB na trilha Cloud e trouxe, juntamente com os colegas de equipe, a medalha de ouro para o Brasil. Atualmente, Luana é Head de Treinamento e Desenvolvimento da Huawei Cloud Brasil em São Paulo.
Outra egressa do IFPB que também brilha na área de tecnologia é Vitória Heliane Sobrinha. Ex-aluna do Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Informática do Campus Guarabira, ela concluiu o Bacharelado em Ciências da Computação na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Pouco depois, Vitória Heliane concorreu a uma vaga no escritório da Google em Belo Horizonte e foi contratada como engenheira de software. A egressa do IFPB está na Google até hoje.
Angélica Lúcio - Jornalista da DGCOM/Reitoria