Ter um filho (a) com Síndrome de Down e acompanhar o bom desenvolvimento deles é o sonho de muitos pais. Melhor ainda quando se encontra uma instituição comprometida com a inclusão, assim é o Instituto Federal da Paraíba. Nesta sexta-feira (21) quando se comemora o Dia Nacional e Internacional da Pessoa com Síndrome de Down destacamos estudantes que são exemplo de amor, dedicação e quebra de barreiras.

A estudante Rosa Zenilda de Almeida Silva, de 21 anos, faz o Curso de Letras, na modalidade EaD, oferecido pelo Campus Picuí do IFPB. A família mora em Barra de Santa Rosa, na região do Curimataú, onde a jovem concluiu o ensino médio. Dona Ivonete Correia mãe da estudante conta que durante 10 anos a filha teve o acompanhamento da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) na vizinha cidade de Esperança. “Eram sessões com fonoaudiólogos e pedagogos, por onde ela passou teve progresso”.

A estudante mantém uma rotina diferenciada de estudos, com aulas on-line à noite e outras gravadas, provas em dias alternados e atendimento presencial uma vez por semana com o pessoal da Coordenação Local de Acessibilidade e Inclusão. “Foi preciso fazer adaptações nos trabalhos e avaliações de Rosa, em conjunto com os professores, para que ela desenvolvesse melhor” conta a coordenadora Cátia Monteiro. “Sou bem acolhida por todos da CLAI, agradeço aos professores, a psicopedagoga Magda e as coordenadoras Betânia e Virna por garantirem que o conteúdo seja acessível para mim” afirma Rosa.

No Cariri paraibano a família de Dona Darcineide investe na educação do jovem Henrique César Caldeira Bidô da Costa, de 22 anos. “Ele é o melhor presente que Deus poderia nos dar” desabafa a mãe do jovem. Henrique que se identificou com a música, faz aulas no Curso de Instrumento Musical oferecido pelo Campus Monteiro do IFPB.

A Coordenadora da CLAI de Monteiro, Luzia Nunes, revela que Henrique além da Síndrome de Down apresenta deficiência intelectual o que exigiu uma adaptação especial no conteúdo curricular do estudante. “Geralmente os professores desenvolvem atividades mais lúdicas, com desenhos e vídeos para que Henrique compreenda e assimile o máximo que puder e possa ser incluído nas atividades letivas”. O estudante toca violão no Campus do IFPB com a ajuda da áudio transcrição, uma ferramenta inclusiva em sala de aula.

Neste dia em se comemora o Dia Nacional e Internacional da Pessoa com Síndrome de Down as histórias de Rosa e Henrique são exemplos de superação e amor. “Que as mães nunca desistam de lutar pelos seus filhos” desabafa Dona Ivonete. “Que as pessoas com Down sejam tratadas com educação, proteção e amor” afirma Dona Darcineide.

No Instituto Federal da Paraíba todos os campi contam com o apoio das Coordenações Locais de Acessibilidade e Inclusão (CLAIs).

A Síndrome de Down

A organização Mundial da Saúde estima que a Síndrome de Down afeta 1 a cada 1000 nascidos vivos no planeta. Ao contrário do que muita gente pensa, não se trata de uma doença, mas de uma condição genética, em que ao invés de possuir 46 cromossomos, a célula conta com 47. Isso faz com que a criança com Down tenha características específicas, como os olhos amendoados e a língua protusa, que fica para fora. Estes indivíduos podem ter seu desenvolvimento físico e intelectual comprometidos, mas com amor, estímulo e interação são capazes de ter uma boa qualidade de vida.

 *Texto: Heranir Oliveira- Equipe DGCOM / Arte: Ana Júlia Leite- Estagiária da DGCOM/ Fotos: Acervo das famílias