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Debates e oficinas são destaque na I Semana da Consciência Negra
Na semana do dia 20 de novembro diversas instituições do país realizam atividades em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra. O Campus Santa Luzia, através do NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) realizou a primeira Semana da Consciência Negra – evento que aconteceu dentro das atividades culturais da IV Mostra Tecnológica.
Uma série de atividades como debates, mesa redonda, cineclube e oficinas práticas envolveram os alunos do Campus e demais escolas da cidade durante os três dias do evento. A professora Deysiane Araújo ministrou a palestra “Diálogos sobre racismo estrutural no Brasil” na manhã da terça-feira (22) e envolveu os presentes num debate esclarecedor sobre o racismo no país. Temas como feminismo negro, colorismo, lutas de gênero e classe foram colocados em pauta e debatidos por alunos do 1º ao 3º ano dos cursos técnicos integrados.
O NEABI organizou uma série de atividades como oficinas práticas de capoeira, maquiagem e penteados afro-brasileiros e ainda propôs a exibição de curtas como Aruanda e Rita Preta – produções cinematográficas locais que despontam no cenário nacional como baluartes da cultura negra.
As atividades da Semana da Consciência Negra foram destaque no último dia da IV Mostra Tecnológica e Cultural. O Campus recebeu a doutoranda em Ciências Sociais, Janaína Santos, e a presidente da associação de louceiras negras do Talhado, Gileide Ferreira, para uma mesa redonda sobre a “Resistência Quilombola” em Santa Luzia.
Para Janaína Santos, o momento é de valorização da cultura e do povo negro santa-luziense. A assistente social citou personalidades da cultura negra local como Sebastião Braz, Rita Preta e Zé Bento. “Estarmos aqui hoje debatendo temas tão pontuais com adolescentes e jovens é plantar uma semente contra o racismo. Resgatar nossa história e ancestralidade é essencial para evitarmos o apagamento da nossa cultura”, disse.
O professor Joselito Eulâmpio faz uma análise bastante positiva da primeira edição do evento. “As discussões que tivemos nesses dias são de extrema importância para estudarmos a cultura local, que está de fora dos livros didáticos. Esse é o papel do NEABI: promover esse espaço de questionamento histórico-cultural”, pontuou.
*Por Clara Marinho - Assessora de Comunicação do Campus