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NEABI realizou quatro eventos em alusão ao abril indígena
A valorização da pluralidade étnica e cultural dos povos originários no Brasil tem impulsionado importantes mudanças na sociedade brasileira. Como um dos marcos desse movimento, temos a celebração e reflexão proposta pelo Dia dos Povos Indígenas (19 de abril), que passou a substituir o antigo “Dia do Índio” a partir da Lei 14.402, promulgada em 08 de julho de 2022.
O propósito central da mudança é evitar estereótipos e reforçar as identidades e a diversidade cultural desses povos. Foi dentro dessa perspectiva plural que o NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena) realizou diversas atividades no mês de abril junto aos estudantes e servidores do IFPB Campus Santa Luzia.
A primeira atividade comemorativa foi um seminário sobre o uso de plantas medicinais na cura de enfermidades, realizado no dia 05. Já no dia 12 tivemos o Cine Abril Indígena. Na oportunidade foram apresentados os documentários: Guerras do Brasil e Índios no Brasil. No dia 19 aconteceu a mostra cultural sobre a Jurema Sagrada, enquanto religião de matriz indígena, no Nordeste do Brasil, com a participação do Mestre Juremeiro Elton Medeiros.
A atividade multicultural contou com palestra, toré indígena (cânticos e danças) e apresentação de três rituais (escalda pé, benzimento e banho de erva). E, neste dia 28 aconteceu a roda de conversa sobre a presença indígena no Sabugi e Seridó: silencios e questões com o professor a Mestranda Mara Macedo (UFRN/Campus Caicó-RN) e prof. Rommeryto Oliveira (Museu Comunitário Jeová Batista). A mesa foi mediada pelo prof. Dr. Joselito Eulâmpio da Nóbrega (prof. De História e Filosofia do IFPB/Campus Santa Luzia e Coordenador do NEABÍ - Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena). Na sequência tivemos a palestra “Registros pré-históricos do Sabugi: sítios e riscos” com o professor João Marinho de Morais Neto.
Para o professor Joselito, a questão indígena está em evidência no país e é extremamente importante o resgate dessa história a partir da oralidade e também, tentar retomar a história dos povos originários antes da chegada dos portugueses através de pesquisas, de estudos genealógicos e outros meios. De acordo com coordenador do NEABI, os alunos participaram ativamente das atividades do abril indígena, com a produção de trabalhos audiovisuais, pesquisa de campo e entrevistas.