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Campus Santa Luzia abre programação do mês da Mulher
Comemorado no dia 08 de abril, o dia internacional da mulher é um dia de reivindicação por direitos iguais e equidade de gênero. No IFPB Campus Santa Luzia, a programação foi estendida durante todo o mês de março e, no dia 12, uma ampla gama de atividades movimentou o pátio e o auditório do campus nos períodos da manhã e noite.
Intervenções artísticas, apresentações culturais, cine-clube, declamação de poesias, clube do livro e rodas de conversa foram os principais destaques. A programação repleta de debates em alusão às lutas femininas por justiça social, combate ao feminicídio e violência contra as mulheres teve o protagonismo estudantil como destaque.
A manhã começou com a intervenção artística no pátio do campus com uma reflexão acerca do direito ao não. Para a professora de Sociologia, Tatiele Souza, pensar o assédio sexual no ensino médio “é importante porque ajuda a criar um ambiente seguro e respeitoso para as estudantes dentro e fora da instituição. Constrói uma conscientização sobre os direitos e previne comportamentos inadequados. Educar sobre consentimento, limites saudáveis e a importância do respeito mútuo é papel de toda a sociedade e, assim, nós educadoras e educadores precisamos falar sobre assédio”, disse.
Na sequência, os estudantes seguiram para o auditório onde a programação iniciou com a apresentação do grupo de teatro e dança Elza, formado por alunas do curso de Informática. Elas fizeram duas apresentações sobre os direitos da mulher e abordagens que fizeram o público refletir sobre os papéis de gênero na sociedade. Na abertura do evento, o diretor do Campus Jerônimo Nóbrega falou sobre o papel de atividades como essas na formação dos estudantes e destacou a importância do trabalho das professoras e estudantes envolvidas na organização do evento. “Temos visto o alarmante aumento de número de feminicídios no nosso país e momentos de conscientização como esse são de extremo valor para a transformação do nosso futuro. Pensarmos uma sociedade mais justa e igualitária nos papéis do homem e da mulher é urgente”, disse.
A professora de Língua Portuguesa Deyseane Pereira, falou a respeito da importância dos alunos estarem à frente das atividades do mês da mulher. “Quando ousamos colocar nossos alunos como protagonistas na construção do conhecimento, vemos revelada toda a potência desses jovens. Tudo foi pensado por elas/eles. Acredito no protagonismo juvenil na educação, considero essa postura educacional de extrema importância, pois capacita os nosso alunos a assumirem um papel ativo em sua própria aprendizagem. O resultado deste ato, deste protagonismo foi o que pudemos ver na abertura do nosso evento: engajamento, responsabilidade e a criatividade. Eventos assim nos ajudam a prepará-los para serem cidadãos ativos e conscientes do seu papel na sociedade”, pontuou.
No turno da noite as atividades aconteceram paralelamente no térreo e no auditório do Campus. Mulheres e homens discutiram a importância da autonomia e da independência das mulheres. Pautas como machismo, igualdade salarial, violência contra a mulher e perspectivas de futuro estiveram no eixo do debate.