O professor de Educação Física, Dênnis Decussatti, transformou sua tese de doutorado em projeto de extensão no IFPB Campus Santa Luzia, trabalhado em parceria com os alunos do nono ano da Escola Estadual Coêlho Lisboa. O projeto aborda a teoria das cinco peles do artista plástico austríaco Hundertwasser.

Imaginar e experimentar outros modos de compreender a relação entre o corpo humano, os espaços e as ideias que o conectam com o mundo foi uma das principais elaborações que Hundertwasser trouxe à tona. A teoria das cinco peles: epiderme, vestuário, casa, identidade social e o mundo é um conceito que por sua universalidade se aplica diretamente à saúde do corpo humano.

O projeto intitulado “A teoria das cinco peles e a educação física: experiências sensoriais para pensar o corpo” é composto por seis alunos orientandos que, ao longo dos meses, leram artigos relativos ao tema para repassar o conhecimento aos estudantes da escola parceira.

Para a estudante Kaylanni Fernandes, a experiência de vivenciar a sala de aula foi algo incrível. Junto com Júlia Kelly (sua dupla) ela trabalhou as redes sociais e utilizou atividades diversas em sala de aula para testar o conhecimento dos alunos do nono ano, como: desenho, roda de conversa e questionário online.  

O grupo formado por Iuan Pablo e José Ângelo trabalharam a temática saúde mental. Nos três encontros, eles utilizaram técnicas de relaxamento, discussões sobre a manifestação da ansiedade e por fim, a confecção de desenhos e poemas. “Tivemos uma experiência profundamente positiva e enriquecedora ao longo deste projeto. A cada encontro, fortalecemos nossos laços com os alunos envolvidos, criando um ambiente de aprendizado mútuo”, completaram.

Para o estudante Carlos Eduardo, “este projeto não apenas me permitiu aprofundar meu entendimento sobre as obras de Hundertwasser, mas também me proporcionou a oportunidade de conectar essa teoria à rica cultura da cidade de Santa Luzia e explorar a fundo sobre sua dinâmica cultural e aspectos históricos que marcaram a história da cidade”. João Henrique cita a oportunidade de compartilhar conhecimento com outros estudantes como o fato mais enriquecedor do projeto. “Poder explicar a teoria e sobre a rica cultura da minha região para os alunos de uma outra escola foi uma oportunidade única de transmitir o que aprendemos e gerar mais conhecimento sobre as tradições e a história local”, disse. A dupla trabalhou em sala a diversidade cultural de Santa Luzia.