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IFPB terá diretrizes para Extensão no semiárido paraibano
A primeira Câmara de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc), realizada na última quarta-feira (15), no Campus Sousa, confirmou o que a equipe gestora da Proexc já esperava: os extensionistas de Sousa representam excelência na área da extensão rural na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.
Essa trajetória no campo da extensão agrícola possibilita que os integrantes de comunidades de agricultores assentados da região já tenham um relacionamento de parcerias técnicas e culturais com os extensionistas do referido campus.
Durante a reunião da Câmara de Extensão, que reuniu uma quantidade considerável de lideranças dos trabalhadores rurais, foi reivindicado, da gestão atual do Campus Sousa, a intensificação dos métodos extensionistas com a garantia do protagonismo dos agricultores da região.
A agricultora Socorro Ferreira, integrante dos movimentos sociais dos trabalhadores na agricultura do município, afirmou, na reunião, que as comunidades reconhecem a importância dos projetos de Extensão desenvolvidos pela instituição, “mas não queremos ser excluídos dos processos de decisão para o desenvolvimento tecnológico da região”, assinalou ela.
Outra questão ressaltada no evento referiu-se à importância do trabalho de intercâmbio técnico, científico e cultural do Instituto com os movimentos dos trabalhadores na agricultura de Sousa. A líder comunitária Lúcia Cartaxo, enfatizou que é preciso manter intercâmbio entre as escolas e os agricultores, o que possibilita o aprendizado mútuo. Ela apresentou uma experiência extensionista envolvendo os campi Cajazeiras e Sousa e os assentados da região, que comprova a importância do intercâmbio como ação formativa de novas lideranças para os movimentos sociais.
Cézar Nóbrega, integrante do Movimento da Auditoria Cidadã da Dívida Pública e do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido, disse que é preciso fortalecer o princípio da identidade dos campi do IFPB no semiárido paraibano. Ele também sugeriu que a gestão do Instituto pense em uma política de fixação dos docentes nos referidos campi, o que contribuirá para o desenvolvimento da educação profissional e tecnológica na Região.
A Câmara de Extensão também foi uma excelente oportunidade para avaliação das relações acadêmicas e administrativas no Campus Sousa, chegando-se ao consenso da necessidade da regulamentação das relações da extensão através de propostas de políticas institucionais.
Nesse sentido, foi formado um grupo de trabalho que construirá uma proposta de política para a Extensão dos campi do IFPB presentes no semiárido paraibano. O grupo será articulado pelos professores Eliezer da Cunha Siqueira, Diretor-geral do Campus Sousa, e pelo professor Chico Nogueira, que é uma das lideranças da extensão na região.
Fazendo uma avaliação dos resultados da realização da primeira Câmara de Extensão no Campus de Sousa, a professora Vânia Medeiros afirmou que “a câmara consolida as ações da coordenação de Extensão e Cultura do campus, sob a orientação do professor Pedro Santiago Couto, visando a institucionalização e integração das diversas iniciativas individuais do corpo de extensionistas do referido campus".
SINTEF – PB - Coordenação de Sousa
O evento da primeira Câmara de Extensão no Campus de Sousa, do IFPB, integrou o Dia Nacional de Paralisação dos trabalhadores da educação profissional e tecnológica contra a Reforma da Previdência (PEC/287). Os representantes da Coordenação Municipal do SINTEF-PB, Manole Alves de Freitas e Diego de Leon, participaram do referido evento, que contou com uma palestra sobre os efeitos da referida PEC, na vida dos trabalhares, realizada pelos servidores Frank Wagner e Josemar Alves.
Os representantes de associações de trabalhadores rurais e movimentos sociais do campo, presentes no evento, defenderam a necessidade de ações mais efetivas na integração da luta dos trabalhos contra a referida reforma da previdência.
Crisvalter Medeiros, jornalista da Proexc
Edição: Clébio Melo - jornalista d IFPB/Sousa