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Estudantes participam de evento sobre algodão agroecológico
Estudantes dos cursos superior em Agroecologia e técnico integrado em Agropecuária do IFPB - Campus Sousa tiveram um dia de aula diferente nesta quarta-feira (07). Eles foram participar de um Dia de Campo na zona rural da cidade de Nazarezinho, no sertão da Paraíba, para conhecer melhor o cultivo do algodão agroecológico. O evento foi organizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB), com o apoio da Prefeitura Municipal local e da Emabrapa/Algodão.
Um ônibus saiu logo cedo da manhã da unidade São Gonçalo em direção ao sítio Trapiá. Lá, foi montada uma estrutura para apresentar aos participantes a viabilidade econômica do cultivo da fibra no alto sertão do estado. "É uma nova saída para o produtor rural. Nós estamos organizando, aqui, a cultura do algodão orgânico, sem veneno", explicou o coordenador regional da Emater em Sousa, Francisco de Assis Bernardino.
A organização do Dia de Campo fez um percurso com cinco tendas/estações onde equipes técnicas compartilhavam informações com agricultores, gestores da região, pesquisadores e estudantes. Todos tiveram a oportunidade de conhecer os sistemas de produção do algodão, o manejo agroecológico, aspectos econômicos da cultura, comercialização e derivados.
Na propriedade do casal produtor Alcino Alves Pedrosa e Maria Vânia de Lima, o algodão é cultivado juntamente com o gergelim num sistema chamado de consórcio, para barrar o avanço de pragas. De acordo com os especialistas, as vantagens do algodão agroecológico vão desde o equilíbrio do ecossistema e o desenvolvimento de plantas mais resistentes até uma lucratividade maior para o produtor rural. "O algodão faz parte da nossa cultura, do desenvolvimento do nosso estado. Foi o responsável pelo povoamento de muitos municípios da Paraíba", ressaltou Vlaminck Paiva Saraiva, diretor técnico da Emater-PB.
Cerca de 600 pessoas passaram pelas estações informativas, entre elas, os estudantes do Campus Sousa. "O algodão é uma cultura que tem os maiores número de pragas. A gente veio saber de que forma se produz satisfatoriamente. Os técnicos é que vão mostrar se compensa ou não", disse Marcus Damião de Lacerda, professor do IFPB. O curso superior de Tecnologia em Agroecologia do Campus Sousa trabalha a agricultura desde uma perspectiva ecológica.
Clébio Melo - jornalista do IFPB/Sousa