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Campus encerra mês da Consciência Negra com mesa-redonda
O mês de novembro foi marcado por uma extensa programação desenvolvida pelo IFPB - Campus Sousa para lembrar a data que faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negros do Brasil. A atividade que encerrou as ações foi uma mesa-redonda que apresentou uma leitura multidisciplinar da cultura negra brasileira.
Os convidados para uma conversa com servidores e estudantes dos cursos técnicos foram: Saulo Freire (IFPB), João Edson Rufino (IFPB) , Joaquim Amâncio (IFPB), Paulo Pereira (Colégio Ação) e Vadeci Filho (advogado criminalista). Eles destacaram aspectos da literatura, filosofia, sociologia, história e do direito.
Entre os temas, estiveram empoderamento, dívidas históricas, leis protetivas e ações afirmativas, entre outros. João Edson lembrou de autores que já construíam uma literatura negra mesmo antes da abolição da escravatura. "Eu fiz um rastreamento histórico de figuras que fizeram a consciência negra no Brasil, mas que, lamentavelmente, não são tão conhecidas", falou.
Cada um enfatizou em seu discurso que é necessário pluralizar a cultura negra ao ensiná-la. "O IFPB, assim como todas as escolas do Brasil, tem a necessidade de levar essa discussão da importância da negritude do Brasil para todos", disse Paulo Pereira.
No ciclo de atividades da Consciência Negra no Campus ainda teve intervenção artística nas paredes da instituição e exibição de filme sobre a temática.
Consciência Negra - Zumbi foi o último líder do Quilombo Palmares, em Alagoas. Ele foi assassinado num ato de traição em 20 de novembro de 1695. Em 2011, o governo brasileiro estabeleceu, por meio de lei, o Dia Nacional da Consciência Negra. Desde então, a data é utilizada para conscientização, reflexão e combate ao preconceito e às desigualdades.
Clébio Melo - jornalista do IFPB/Sousa