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Colóquio discute inclusão e diversidade no Campus Sousa
Primeira aluna surda do Campus Sousa descreve sua vivência com os colegas na instituição
Estudantes do IFPB - Campus Sousa participaram, nesta quarta-feira (13), do I Colóquio da Inclusão e Diversidade da instituição. O evento foi organizado pelo Núcleo de Apoio às Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais - Napne e teve a programação desenvolvida no turno da tarde, no auditório da unidade São Gonçalo.
Alunos dos cursos técnico em Agroindústria e superior em Educação Física se revezaram para falar de temas como acessibilidade, tipos de deficiência e respeito, por exemplo. Dois grupos ficaram responsáveis pelas apresentações culturais: uma encenação teatral sobre inclusão de surdos nas escolas e um coral em Libras.
A primeira estudante surda do Campus, Carolline Mendes Dias, do curso de Agroindústria, contou como foi sua adaptação no Instituto e a importância de se discutir o tema inclusão. A chegada dela possibilitou que o Campus Sousa se articulasse melhor para desenvolver ações de acessibilidade e novas estratégias de ensino.
Durante o Colóquio, também houve exibição de vídeos das Campanhas da Diversidade, desenvolvidos pela Pró-reitora de Assuntos Estudantis (PRAE) e TV IFPB. "A gente combate a discriminação com conhecimento. As campanhas da diversidade foram pensadas para falar sobre temas que são bem atuais, mas que não são tão discutidos nas instituições de ensino", disse Larissa Cossetti, coordenadora de Ações Inclusivas do IFPB.
Marcley Marques, que coordenou o evento, destacou durante todo o tempo a necessidade de se respeitar as diferenças. "Por muitas vezes, nós tachamos muitos como incapazes, e não são. Será que não somos nós os incapazes de compreender o outro?", questionou. A professora também anunciou que pretende tornar a discussão acerca da diversidade frequente no Campus.
Segundo o IBGE, o Brasil possui cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência (24% do total da população).
Educação - O Ministério da Educação promove o Programa Escola Acessível, que prepara o ambiente, os recursos didáticos e pedagógicos das escolas públicas de ensino regulares com alunos com deficiências. São financiadas a adequação da estrutura (como rampas, sanitários, vias de acesso, instalação de corrimão e de sinalização visual, tátil e sonora), e a compra de cadeiras de rodas e recursos de tecnologia assistiva, além de bebedouros e mobiliários acessíveis.
Há ainda o Programa Livro Acessível, que garante obras didáticas em formatos acessíveis, como em braile. Por meio da iniciativa, as secretarias de educação podem elaborar plano e solicitar recursos para implementar tecnologias assistivas de leitores digitais, que permitem o acesso do texto por áudio, caracteres ampliados, entre outras opções. O programa também disponibiliza a Plataforma Acervo Digital Acessível (ADA), ambiente virtual onde são publicados materiais para a produção de obras em braile. Para que o aluno com deficiência visual possa adquirir um livro adaptado pelo programa, ele precisa estar cadastrado no Censo Escolar e o docente deve indicar no Guia do Livro Didático o tipo de acessibilidade necessária.
Clébio Melo - jornalista do IFPB/Sousa, com Portal Brasil