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Pesquisador da Embrapa ministra palestra no Campus Sousa
O IFPB - Campus Sousa recebeu, nesta quinta-feira (06), a visita do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Algodão), Vicente de Paula Queiroga. Ele veio ministrar uma palestra para estudantes e servidores no bloco do curso superior de Tecnologia em Agroecologia sobre o cultivo de algumas espécies de plantas que podem ser alternativas econômicas para o cultivo na região do semiárido brasileiro. Há quase quarenta anos na Embrapa Algodão, o engenheiro agrônomo atua nas áreas de pesquisa e desenvolvimento. Ele viajou por diversos países e tem publicações variadas, com destaque para os cultivos orgânicos.
Vicente sustentou sua apresentação com base em três livros digitais sobre algodão, aloe vera (babosa) e argan. Segundo ele, as três espécies podem gerar renda para produtores da região mais seca do Brasil. A área do semiárido é considerada como prioritária pelo atual presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, por abrigar grande parte da população pobre e ser a mais impactada pelas mudanças climáticas.
A alternativa mais viável para a região, de acordo com o pesquisador, seria o plantio da argan. A planta é originária das regiões desérticas do Marrocos e, portanto, se adapta bem ao clima seco. Durante a apresentação, Vicente estimulou os futuros agroecólogos a se prepararem para "a vez" do argan. "Essa é a cultura do futuro para nós, porque é resistente. Ela só precisa de 220 milímetros de chuva. Essa planta é do deserto", enfatizou.
É da argan que se extrai o valioso óleo utilizado, sobretudo, na indústria cosmética. Para o estudioso da Embrapa, o cultivo da espécie poderia ser uma frente importante de convivência com o processo de desertificação do solo, que atinge uma área 1.340.863 km² de 11 estados brasileiros, segundo o Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e o Ministério do Meio Ambiente.
O fruto também pode ser utilizado para alimentação animal. No Marrocos, cabras se equilibram nos galhos das árvores para se alimentar. As imagens inusitadas já rodaram o mundo.
Assessoria de Comunicação do IFPB/Sousa