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Residência profissional agrícola leva estudantes e recém-egressos para atuar em assentamentos da reforma agrária

Jovens profissionais das Ciências Agrárias prestam assistência técnica a assentamentos através de programa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
por Amanda Tavares de Melo publicado: 09/12/2021 14h51 última modificação: 09/12/2021 15h02

O IFPB Campus Sousa está desenvolvendo um projeto de residência profissional agrícola intitulado “Residência profissional agrícola para aprimoramento profissional nas áreas de nutrição e reprodução animal em assentamentos da reforma agrária no Sertão da Paraíba”. O projeto foi aprovado em um edital lançado em 2020 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que tinha o objetivo de selecionar projetos voltados para a qualificação técnica de estudantes e recém-egressos de cursos de Ciências Agrárias, que contemplam as formações em Agroecologia, Medicina Veterinária e o curso Técnico em Agropecuária.

Após a aprovação no edital do Mapa, o projeto selecionou cinco bolsistas entre estudantes e recém-formados para atuar em assentamentos da reforma agrária situados no Sertão da Paraíba. Para os estudantes e jovens profissionais, este projeto vem se revelando uma grande oportunidade de praticar o que aprenderam em seus cursos e de aprimorar ainda mais os seus conhecimentos antes de ingressar no mercado de trabalho. Para as comunidades que recebem a assistência técnica provida pelos estudantes/profissionais e pelos seus orientadores, a iniciativa tem se mostrado interessante para aperfeiçoar seus processos produtivos contando com toda qualificação técnica e energia de quem está começando a vida profissional.

A equipe de professores responsáveis pela propositura do projeto e por fornecer orientações aos bolsistas é composta pelos docentes do curso de Medicina Veterinária do IFPB Campus Sousa Daniel Cézar, Francisco Nogueira, Thaís Feitosa e Vinícius Vilela. De acordo com um dos membros do grupo, o professor Daniel Cézar, a escolha dos assentamentos da reforma agrária como o público a ser beneficiado pelo projeto adveio da percepção de que essas comunidades necessitam de assistência técnica especializada para melhorar a alimentação e a produtividade dos seus rebanhos.

Após a definição do grupo a ser beneficiado com o trabalho dos residentes, a equipe de professores se reuniu com representantes da Comissão Pastoral da Terra, do Instituto Frei Beda e do Sertão Agroecológico, entidades que atuam cotidianamente nos assentamentos, para mapear as principais carências dos colonos. No diálogo com as três instituições parceiras foram estabelecidos os três pilares centrais do projeto: a nutrição dos animais, a reprodução dos animais e o controle de doenças. A partir de então, o projeto foi construído de forma dialogada e direcionada às sete unidades residentes que estão sendo assistidas pelos residentes e seus orientadores.

O professor Daniel Cézar falou sobre as atividades desenvolvidas pelo projeto desde o seu início até o momento atual. “Nós iniciamos as ações no campo no mês de junho de 2020 e, logo nas primeiras visitas de assistência, tivemos uma boa recepção por parte dos colonos, que se interessaram rapidamente em participar do projeto como o lado beneficiado. Já podemos perceber melhorias em relação aos aspectos de produção animal, principalmente os bovinos, ovinos e caprinos, visto que estamos orientando para que os colonos produzam silagem para alimentar os rebanhos durante a seca e ainda façam o plantio de forrageiras adaptadas ao clima semiárido. Além disso, temos as ações de melhoria no manejo reprodutivo dos rebanhos, através da implantação da tecnologia de inseminação artificial para os animais que estejam aptos, e ainda para os colonos que queiram participar. Lembrando que todas essas ações são disponibilizadas aos colonos de forma gratuita”, salientou o docente.

Além dos benefícios para os membros dos assentamentos, Daniel também destacou a importância da residência profissional agrícola para os estudantes e jovens profissionais que dela estão participando. “Os bolsistas estão tendo a primeira oportunidade de trabalhar na sua área de formação, o que permite ampliar os seus conhecimentos sobre diversos assuntos e sobre as particularidades de vida e de produção dos animais dos assentamentos da reforma agrária, capacitando ainda mais esses recém-formados para ingressar no mercado de trabalho de forma definitiva e com a carteira assinada. Essa é a essência do edital que foi publicado pelo Ministério da Agricultura e da Pecuária: promover uma ponte para que esses jovens possam se inserir prioritariamente no mercado de trabalho”, pontuou o professor.

Por fim, Daniel também sublinhou a relevância dessa ação para o IFPB Campus Sousa enquanto instituição de ensino, pesquisa e extensão. Para o docente, as ações da residência profissional agrícola junto aos assentamentos são uma maneira muito eficaz de levar os conhecimentos produzidos no instituto para o cotidiano das comunidades, fornecendo um serviço público de excelência de forma gratuita e com ganhos diretos para todos os envolvidos.

Assessoria de Comunicação do IFPB Campus Sousa

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