Noticia
Programação do mês da mulher promoveu atividades interdisciplinares no Campus Sousa
Ao longo do mês de março, servidoras técnico-administrativas e docentes do IFPB Campus Sousa elaboraram uma programação especial para marcar o mês das mulheres no campus. A agenda contou com palestras, rodas de debate, expoteca, chá da tarde e com uma atividade político-cultural com mulheres que vivem em um assentamento e fazem parte de uma associação criada para produzir doces e outros alimentos.
A programação do mês da mulher do campus teve início com a abertura da expoteca “Mulheres cientistas no IFPB Sousa”, que apresentou um compilado dos trabalhos de algumas pesquisadoras do campus. A exposição aconteceu durante todo o mês de março, tendo ficado por 15 dias na Biblioteca da Sede e pelos outros 15 dias na Biblioteca Central do campus, em São Gonçalo. A atividade foi organizada e conduzida pela bibliotecária do campus, Milena Silva.
No dia 08 de março, data designada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Mulher, e no dia 09 a assistente social Paloma Miranda e a psicóloga Camilla Figueiredo facilitaram duas palestras com o tema “Ser mulher é…”, que promoveram reflexões sobre os sentidos, significados e a diversidade de ser mulher na contemporaneidade. As atividades foram realizadas tanto na Unidade Sede quanto em São Gonçalo.
Na tarde do dia 09, os estudantes do curso Técnico em Agroindústria pelo Proeja participaram de uma roda de debate sobre o tema “Desigualdade de gênero: como superar?”, promovida pela professora e coordenadora do curso, Valmiza Durand. A proposta da iniciativa era pensar sobre os diversos impactos da desigualdade de gênero nas vidas das mulheres e fomentar uma reflexão sobre como homens e mulheres podem contribuir para a superação desse quadro.
No dia 20, o campus realizou a roda de debate “Reescrevendo a nossa história”, que contou com a participação da Diretora-geral do Campus Campina Grande, Ana Cristina Dantas. A atividade foi direcionada às servidoras mulheres do campus e teve como principal intuito discutir os principais desafios e potencialidades das mulheres que ocupam cargos de gestão.
Outro tema fundamental sobre a condição feminina na atualidade, o enfrentamento à violência de gênero, também foi mote de uma das atividades que compuseram a programação do mês da mulher. No dia 20, o campus recebeu a delegada da mulher de Sousa (PB), Patrícia Forny, para uma palestra sobre o que é a violência de gênero, como ela se manifesta e de que maneiras essa realidade pode ser transformada. A atividade foi direcionada aos estudantes que moram nos alojamentos do campus. No dia seguinte, a quinta-feira (23), foi a vez de as servidoras terceirizadas do campus serem contempladas com um chá da tarde junto com uma oficina de macramê, que possibilitou às participantes confeccionarem suportes de tecido para plantas e outros objetos domésticos.
Encerrando a programação do mês da mulher, no dia 30 de março, o campus recebeu a Associação de Mulheres Recantos das Delícias, composta por mulheres que vivem no Assentamento Acauã, localizado em Aparecida (PB). Na ocasião, as convidadas realizaram uma atividade político-cultural no campus, promovendo uma roda de debates sobre a experiência da união feminina em um coletivo e também apresentando alguns dos produtos confeccionados pela associação.
Uma das participantes do Recanto das Delícias é Joana Andrade, egressa do curso Técnico em Agropecuária e do curso de graduação em Tecnologia em Agroecologia do IFPB Campus Sousa. Joana falou sobre suas vivências e os desafios superados para que a associação virasse uma realidade. “O Recanto das Delícias existe desde janeiro de 2018, quando era desenvolvido o Projeto Fomento Mulher do Incra, que incentivava o empoderamento e o empreendedorismo feminino a partir dos trabalhos que as mulheres já desenvolviam. Em uma dessas reuniões, surgiu a ideia de retomar a concessão sobre a cozinha comunitária, que era desejada desde 2012. No início, encontramos muitos desafios para viabilizar financeiramente o projeto, mas foram meses de muita experiência de unidade e partilha entre as mulheres do coletivo. Até hoje, enfrentamos dificuldades, sendo a principal delas a falta de recurso para a compra de matéria-prima e insumos para a produção. Apesar disso, nós persistimos e conseguimos sair da informalidade para nos tornarmos uma Associação de Mulheres”, contou Joana.
Todas essas atividades foram gratuitas e abertas ao público, especialmente a toda a comunidade feminina do campus, que contempla servidoras, colaboradoras terceirizadas e estudantes. A programação também mobilizou parceiras da comunidade externa, que puderam compartilhar suas experiências sobre a condição feminina e as principais potencialidades que se delineiam no horizonte das mulheres.