As pesquisas produzidas no alto sertão da Paraíba seguem ganhando destaque dentro dos eventos científicos do IFPB. Três trabalhos feitos por alunos e professores do Campus Sousa foram premiados no 5º Simpósio de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação (Simpif), ocorrido entre os dias 22 e 24 de novembro em Cabedelo, no litoral do estado. Uma delegação com 40 pesquisadores do Campus Sousa esteve presente no evento, que reuniu trabalhos de integrantes das 21 unidades do IFPB.

Os trabalhos do Campus Sousa premiados no Simpif fizeram parte da categoria Iniciação Científica Tecnológica, que abrange pesquisas desenvolvidas por docentes, estudantes dos cursos superiores e também dos cursos técnicos da instituição. O primeiro trabalho foi premiado no setor de Alimentos/Processamento de leite e derivados e teve como título “Aproveitamento agroindustrial da fibra de caju para produção de alimentos”.

Uma das professoras responsáveis pela produção do artigo, Dalany Menezes Oliveira, explicou que o trabalho foi resultado de um projeto de iniciação científica realizado com alunos do ensino médio do IFPB (Pibic-EM). “Fazer pesquisa com os alunos do Médio é muito gratificante porque eles são curiosos. E inseri-los na pesquisa desde cedo é interessante porque eles se engajam mais facilmente no universo acadêmico quando chegam ao nível superior. Fazer ciência e ser premiado pelo conhecimento produzido é algo nos diz nas entrelinhas que, apesar das dificuldades, todo o trabalho valeu a pena”, declarou a professora.

O artigo de pesquisadores do Campus Sousa agraciado com uma premiação no Simpif teve como título “Síntese e caracterização de nanopartículas de prata para aplicação em material hospitalar”. O trabalho integrou a área de Mecânica/Materiais e foi escrito em coautoria por uma equipe composta pelos estudantes de iniciação científica do curso de Licenciatura em Química do IFPB Campus Sousa Ruan Queiroga Pereira, Carlos Eduardo Nicioli  e Rafael dos Santos Martins, pelo farmacêutico e técnico do laboratório de Química do Campus Sousa Samuel Guedes Bitu, pela docente do IFPB Glauciene Paula de Souza Marcone e pela microbiologista e professora do IFRJ Campus Realengo Débora Leandro Rama Gomes.

A professora Glauciene Marcone, de Química, sublinhou o caráter positivo do trabalho em equipe e o impacto que a premiação de um trabalho em um evento científico pode gerar nas vidas dos estudantes que participaram da pesquisa. "O empenho dos orientadores, técnicos e colaboradores é primordial para que os estudantes se sintam parte do processo e protagonistas das atividades propostas e dos resultados obtidos. Um prêmio é muito importante, pois de certa forma contribui para a decisão do estudante em seguir a vida acadêmica e o inspira a desbravar a tendência da inovação tecnológica. Além disso, pode instigá-lo a buscar cada vez o conhecimento e ter disciplina e foco nos seus objetivos de vida, ainda que as dificuldades sejam uma realidade", argumentou a docente.

O Campus Sousa também teve um artigo premiado no eixo temático de Medicina Veterinária/Recursos Pesqueiros. Intitulado "Caracterização do sistema de criação de pequenos ruminantes em assentamentos da reforma agrária no município de Aparecida-PB", o artigo foi escrito pelo estudante do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária, Ryandro Martins Sousa, egresso do curso Técnico em Agropecuária do campus. 

O reconhecimento dos artigos no Simpif e em outros eventos científicos Brasil afora ilustra não apenas a qualidade da pesquisa produzida no Campus Sousa, mas também reforça a relevância do campus no desenvolvimento da ciência, da inovação e da tecnologia dentro do IFPB. Já na edição de 2021 do Simpif um estudo conduzido por pesquisadores do Campus Sousa, o Saúde Jovem, foi premiado na área da Saúde. Dois anos depois, na última semana, o trabalho foi apresentado em um evento do Ministério da Saúde, em Brasília (DF), obtendo uma boa receptividade e ganhando o reconhecimento dos participantes. A professora Rackynelly Soares, uma das idealizadoras do estudo, destacou a relevância de uma iniciativa como essa para levar a ciência produzida no Campus Sousa ao conhecimento de pesquisadores de outras áreas e instituições, abrindo a possibilidade de firmar parcerias e atrair novos colaboradores para a instituição.

Além de abrir portas para um intercâmbio entre o IFPB e outras instituições, essas conquistas fortalecem a construção de um ambiente institucional propício para a pesquisa e a produção de conhecimento, fomentando ideias, iniciativas inovadoras e políticas de fomento à ciência e à tecnologia. A participação de estudantes do ensino médio e superior em trabalhos de excelência científica funciona como um catalisador para estimular outros discentes a se envolverem em atividades de pesquisa e inovação.

• Acesse os anais do 5º Simpif aqui.