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Fim da greve: gestão, servidores e sindicato dos trabalhadores definem retorno às atividades acadêmicas e administrativas

Estudantes e docentes seguem de férias até o dia 14 de julho, conforme o calendário vigente. Técnicos-administrativos que não estiverem de férias já voltam às atividades de forma imediata
por Amanda Tavares de Melo publicado: 01/07/2024 19h24 última modificação: 05/07/2024 11h30

Nesta segunda-feira (01), membros da gestão e os servidores do Campus Sousa do IFPB se reuniram com a representação local do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (SINTEFPB) para conversar sobre o encerramento da greve dos servidores docentes e técnico-administrativos da instituição. A paralisação teve início em 03 de abril e durou 86 dias, mobilizando todas as unidades da IFPB.

A reunião teve início com a avaliação do movimento paredista por parte dos presentes, que consideraram a greve positiva e eficiente no que se refere às conquistas alcançadas. Dentre elas, os participantes destacaram a regulamentação das carreiras, a recuperação de perdas salariais e a conquista do RSC pelos servidores técnico-administrativos, o instrumento legal que garante o Reconhecimento de Saberes e Competências dos servidores a partir de 2025.

O Diretor-geral do campus, professor Chico Nogueira, elogiou o diálogo estabelecido entre o sindicato dos trabalhadores e a equipe gestora durante todo o período de paralisação. “Quero deixar meus agradecimentos ao movimento paredista e a todos os seus participantes. Tivemos avanços significativos nessa greve, em que o Campus Sousa protagonizou uma relação de construção importante entre essas duas entidades e virou uma referência para todo o estado. Agora, a nossa ideia agora é minimizar os impactos que o nosso movimento trouxe para os nossos estudantes. De agora em diante, precisamos continuar unidos para, de forma dialógica, definir os próximos passos para a nossa comunidade”, afirmou o gestor.

A equipe da Direção de Desenvolvimento do Ensino (DDE) falou sobre o retorno às atividades acadêmicas e administrativas. A Diretora de Ensino Substituta, Ana Paula Rocha, afirmou que a proposta da pasta é manter o calendário letivo vigente, com retorno às aulas previsto para o dia 15 de julho, após o término das férias de docentes e estudantes. Por sua vez, o expediente administrativo dos servidores que não estiverem em gozo de férias já deve retornar à normalidade nesta semana.

“Essa medida se justifica por vários fatores, sobretudo pela indisponibilidade de transporte escolar para os estudantes que vêm de municípios vizinhos e pela necessidade de retomar as chamadas dos estudantes aprovados pelo SISU para os cursos superiores da nossa instituição, que deverão seguir trâmites administrativos que levam dias para serem concluídos”, declarou Ana.

A diretora explicou ainda que haverá uma convocação de uma comissão para a construção do novo calendário acadêmico que entrará em vigor após o retorno às aulas. “Essa comissão deverá iniciar os trabalhos logo após o início das aulas. Nossa ideia é que a comissão possua representação de todos os segmentos que compõem o campus, incluindo docentes, técnico-administrativos, representantes do comando estadual de greve e estudantes. Para garantir a ampla participação da comunidade e o atendimento das diversas demandas existentes, nesta semana vamos convocar estudantes de todos os cursos para que apresentem os nomes de seus representantes junto à comissão do calendário. Precisamos apresentar, o mais breve possível, uma nova versão da portaria com os nomes dos membros da comissáo para que possamos agilizar a definição do calendário e o envio para aprovação pelas instâncias decisórias do IFPB”, finalizou Ana Paula.

Por fim, o Coordenador Municipal do Sintef-PB, Caetano José de Lima, reforçou as vitórias obtidas pelos servidores técnico-administrativos e docentes após a paralisação.  “A greve é um instrumento de luta constitucionalmente garantido, é uma forma que os trabalhadores têm de reivindicar melhores salários e condições de trabalho. Eu acho que essa foi uma das greves mais significativas para a nossa categoria porque ela teve uma grande adesão dos nossos servidores em todas as partes da Paraíba e demonstrou que, juntos, técnicos-administrativos e docentes podem chamar a atenção do governo e ter reivindicações históricas atendidas”, concluiu o professor.

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