A direção do Campus Sousa do Instituto Federal da Paraíba participou, na última semana, de duas importantes reuniões com atores estratégicos das cadeias produtivas e de desenvolvimento do sertão paraibano. A primeira delas envolveu o Sebrae Paraíba e o Dino Valley Hub e teve o objetivo de ampliar as parcerias já existentes entre as instituições. O segundo encontro, por sua vez, mobilizou a gestão do campus, o Sebrae e a Junta de Usuários de Água do Perímetro Irrigado de São Gonçalo (JUSG). Ambas as iniciativas buscam aumentar a integração e a colaboração entre o Campus Sousa, as comunidades e os principais arranjos produtivos locais, com vistas a consolidar a instituição como protagonista do desenvolvimento do território.

Nesta quinta-feira (21), uma equipe formada pelo Diretor-geral do Campus Sousa, professor Chico Nogueira, pela Diretora de Desenvolvimento do Ensino, Rackynelly Soares, pela Coordenadora de Estágios e Relações Institucionais, Joselma Carneiro,  e pelos professores Karine Carvalho e Tibério Araújo recebeu um grupo de profissionais do Sebrae Paraíba e do hub de inovação Dino Valley para dialogar sobre iniciativas de promoção do desenvolvimento da região polarizada por Sousa a partir de pilares como a inovação tecnológica, o empreendedorismo e a sustentabilidade ambiental.

Durante a conversa, foram abordados pontos relacionados às parcerias já estabelecidas entre as instituições como, por exemplo, o projeto de produção de alimentos de base agroecológica executado por mulheres nas várzeas de Sousa e assuntos ligados à integração entre o ambiente acadêmico e o setor empresarial, que serviu de premissa para o I Seminário de Integração Escola-Empresa (Sineemp), promovido pelo Campus Sousa, pelo Sebrae Paraíba e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) na última semana. Participaram da conversa o superintendente do Sebrae Paraíba, Luiz Alberto, a gerente da Agência Regional do Sebrae de Sousa, Camila Nóbrega, e o gerente da Agência de Campina Grande, João Alberto.

De acordo com a Diretora de Ensino do campus, professora Rackynelly Soares, o encontro entre a gestão e os demais atores locais teve o objetivo de “potencializar as estruturas, o capital humano e as ações que desempenhamos mediante o apoio do Sebrae, sobretudo nas questões ambientais, como em matérias ligadas à análise de água e de solos e a outras iniciativas relacionadas à sustentabilidade. A partir dessa construção colaborativa, poderemos unir forças e colocar o potencial de cada instituição a favor do crescimento de toda a nossa região”, afirmou a diretora.

No dia seguinte, sexta-feira (22), o Diretor-geral Chico Nogueira se reuniu com membros da Associação dos Irrigantes de São Gonçalo e do Sebrae para tratar sobre projetos de assessoria e melhoria do sistema de produção de fruticultura irrigada nos perímetros irrigados das várzeas de Sousa e São Gonçalo, onde as duas unidades do Campus Sousa estão inseridas. O gestor afirmou que o campus pretende apoiar o setor por meio da produção de mudas de fruteiras, visando diversificar a fruticultura local e também promover o uso e a gestão mais eficientes da água da transposição do Rio São Francisco, iniciativa voltada para o fornecimento de água para as regiões mais secas do semiárido nordestino. 

“O Campus Sousa se coloca nessa parceria como uma instituição que tem a capacidade de oferecer e produzir tecnologia para melhorar a gestão do uso dessa água, sobretudo na irrigação. Além disso, outra linha de ação do projeto está ligada à produção de sementes, principalmente de sementes de arroz vermelho, um tipo de arroz tradicional do território. Nessa ação, trabalhamos junto com Embrapa para produzir sementes que melhorem a qualidade do arroz cultivado na nossa região”, explicou o professor Chico Nogueira.

O diretor reforçou ainda a importância da articulação entre o Campus Sousa e os diversos setores da economia local para buscar soluções conjuntas para os desafios enfrentados pela região. “O Campus Sousa tem se apresentado como uma instituição que busca interagir com o território, com as comunidades e as cadeias produtivas locais no fornecimento de tecnologia, de conhecimentos técnicos, de infraestrutura e de apoio técnico-profissional especializado. Ao fazer isso, estamos sedimentando o papel da nossa instituição como uma ferramenta de envolvimento e desenvolvimento territorial”, concluiu.