A Diretoria de Desenvolvimento de Ensino do IFPB Campus Sousa anunciou, na última semana, a inauguração de um novo espaço para uso de seus integrantes: o Núcleo de Produção de Podcast. O Núcleo será sediado na Unidade São Gonçalo, ao lado do Laboratório de Informática, e estará à disposição dos estudantes e servidores a partir de março, mês de início do ano letivo 2025 no campus.

De acordo com a professora Rackynelly Soares, Diretora de Ensino do Campus Sousa e idealizadora da iniciativa, o núcleo de podcasts foi montado com recursos oriundos de dois editais de Extensão e Cultura do IFPB, o do Programa Institucional de Bolsas de Extensão e Cultura (PROBEXC PROJETO) e o do Prêmio de Podcasts do instituto. Segundo a docente, os valores recebidos foram empregados na compra de equipamentos e materiais para reformar o espaço e adaptá-lo às atividades de gravação e edição dos podcasts. O logotipo do Núcleo foi elaborado pelo estudante do curso de Tecnologia em Agroecologia, Ariel Ferreira.

Rackynelly explicou ainda que a criação do núcleo de podcasts no campus foi desdobramento do projeto de extensão Turma D’Agente, conduzido por ela em parceria com o Laboratório de Educação, Informação e Comunicação em Saúde da Universidade de Brasília (LabEcos/UnB) e com a Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Conacs). O projeto tem como foco a educação em saúde de crianças, adolescentes e jovens por meio da publicação de revistas em quadrinhos sobre temas como a atuação dos agentes comunitários de saúde, o combate às arboviroses, a hanseníase e o descarte e o tratamento do lixo na zona rural.

Em suas próximas etapas, o Turma D’Agente prevê a produção de podcasts para ampliar o acesso de crianças e jovens com deficiência visual aos conteúdos abordados pelo projeto. “Agora em fevereiro, a partir do dia 11, vamos fazer um treinamento, uma oficina com os alunos do projeto Turma D’agente com objetivo de capacitar a equipe para produzir os podcasts. A oficina será conduzida pelo servidor do IFPB Campus João Pessoa e especialista em produção audiovisual Adilson Luiz, e os conteúdos dela resultantes funcionarão como ‘abre-alas’ do Núcleo de Produção de Podcast do campus”, contou Rackynelly.

A partir de março, o núcleo estará disponível para ser utilizado pela comunidade acadêmica do campus. “Vai funcionar assim: o professor vai poder reservar o espaço no sistema de reserva de salas e conduzir suas atividades letivas no núcleo. Os estudantes também poderão utilizar o espaço, mas sempre sob orientação de um/uma docente. Para preparar os professores para produzirem os seus conteúdos, vamos promover uma oficina de produção de podcasts em que  os participantes poderão aprender a utilizar os equipamentos e os softwares necessários para a captação, gravação e edição dos conteúdos. Essa oficina fará parte da programação da Semana Pedagógica 2025, prevista para acontecer entre os dias 25 e 27 de março, logo antes do início das aulas em 31 de março de 2025”, detalhou a professora.

A diretora afirmou ainda que um dos principais objetivos da implantação do núcleo de podcasts no campus, além das contribuições diretas que os conteúdos podem gerar para os diversos projetos em desenvolvimento na instituição, é viabilizar a curricularização da extensão, uma ações definidas como uma das diretrizes estratégicas do IFPB desde 2022. Além disso, Rackynelly lembrou que os podcasts podem ser mobilizados como mais uma ferramenta didática e de diálogo com a comunidade acadêmica do campus.

“Essas experiências que temos vivido com os podcasts do Turma D’Agente, que vão ser, digamos assim, os projetos-piloto do núcleo de podcasts do campus, têm nos dado a oportunidade de trabalhar não apenas as questões técnicas do tema do projeto, a informação em saúde pública voltada para crianças e adolescentes, mas também questões como relações interpessoais e estratégias de educação inclusiva, por exemplo. O nosso objetivo é transformar as histórias do Turma d'Agente em histórias narradas para que crianças com deficiência visual possam acessar a revista, de maneira que os podcasts funcionem tanto como um canal alternativo de comunicação quanto como um mecanismo de inclusão dessas crianças”, concluiu Rackynelly.